Ansiedade: como identificar e reduzir os sintomas no dia a dia

A ansiedade pode parecer silenciosa, no entanto, os efeitos dela ecoam dentro de nós. Ela se manifesta como um coração disparado, noites em claro ou aquele nó no estômago que parece não ter explicação. O que muitas vezes ignoramos é que ela também pode estar mascarada em hábitos que normalizamos: roer as unhas, checar o celular compulsivamente, ou sentir uma necessidade de fazer sempre muitas coisas ao mesmo tempo.

Se você já se perguntou: “Por que nunca consigo relaxar de verdade? fique atenta, a ansiedade está tentando te dizer alguma coisa. 

Como identificar a ansiedade?

1. Sintomas físicos:

  • Palpitações, respiração curta ou tremores;
  • Tensão muscular (ombros e mandíbula, por exemplo);
  • Alterações no sono ou no apetite.

2. Sintomas emocionais:

  • Preocupação constante e pensamento acelerado;
  • Sensação de estar sempre no limite ou irritada;
  • Dificuldade de se concentrar.

3. Comportamentos recorrentes:

  • Procrastinação por medo de errar;
  • Evitar situações sociais ou responsabilidades;
  • Buscar distrações para não lidar com emoções (excesso de telas ou comida).

Reconhecer esses sinais é o primeiro passo. A ansiedade, afinal, é um sinal de que algo em sua vida precisa de atenção.

O que você pode fazer para reduzir a ansiedade?

1. Respire fundo — literalmente.

Parece básico, mas uma respiração profunda pode mudar tudo, quando sentir que está ansiosa, pare um pouco e:  

  •  Inspire profundamente pelo nariz por 4 segundos.
  • Segure a respiração por 4 segundos.
  • Expire lentamente pela boca por 6 segundos.

Repita por 1 ou 2 minutos. Esse exercício ativa o sistema nervoso parassimpático, ajudando a acalmar corpo e mente.

2. Estabeleça limites para sua mente.

A ansiedade adora viver no futuro, planejando cenários de “e se?”. Traga-se para o presente com práticas como:

  • Fazer uma lista curta e realista de tarefas diárias;
  • Direcione o foco para o que você está fazendo no momento: lendo um livro, fazendo uma comida gostosa ou prestando atenção numa conversa com uma pessoa querida.  

 3. Movimente-se para liberar energia acumulada.

A atividade física não precisa ser extenuante, uma caminhada, dançar sua música favorita ou alongamentos já ajudam. O movimento libera endorfina, o “hormônio da felicidade”, e reduz a tensão acumulada no corpo.

4. Crie momentos de pausa.

A ansiedade se alimenta do caos e da sobrecarga. No seu dia, crie pequenos rituais de autocuidado, como:

  • Preparar um chá e bebê-lo com atenção;
  • Dedicar 5 minutos para anotar pensamentos que estejam ocupando sua mente (e liberá-los no papel).

5. Conecte-se consigo mesma.

Ansiedade muitas vezes surge quando estamos desconectadas de nossas necessidades reais. Pergunte-se:

  • Estou descansando o suficiente?
  • Estou priorizando coisas que realmente importam para mim?

Transformando Ansiedade em Autoconhecimento

A ansiedade não é sua inimiga, mas um alarme interno pedindo mudanças, ao invés de combatê-la, busque entendê-la. Por trás dela pode haver questões como:

  • Medo de falhar ou de não ser suficiente;
  • Desejo de controle sobre situações da vida que são impermanentes;
  • Desalinhamento entre seus valores e suas ações.

Quando você acolhe a ansiedade como uma oportunidade para refletir, ela pode se transformar em um aliado na sua jornada de autoconhecimento.

Afinal, é possível viver com leveza?

Sim, é possível. Viver sem ansiedade extrema não significa nunca se preocupar, mas aprender a lidar com os desafios da vida de forma mais serena. E o primeiro passo é simples: escute o que seu corpo, sua mente e suas emoções têm a dizer.

Comece agora. Respire fundo. Identifique o próximo passo que você pode dar ,por menor que seja, para cuidar de você mesma.

Afinal, você merece uma vida leve e plena.